sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Aberto programa EAD Surdo Cidadão com patrocínio da Petrobras PDF Imprimir E-mail
Sex, 06 de Maio de 2011 18:51
 


Plataforma de Educação à Distância disponibiliza vídeos sobre temas de interesse diretos de surdos e também de ouvintes, em libras e dublado em português com acesso gratuito.

Já está disponível na internet e com acesso gratuito, a Plataforma de Educação à Distância do Instituto Consultor Social (www.consultorsocial.com.br) voltada ao Projeto Surdo Cidadão, patrocinado pela Petrobras, e que apresenta vídeos em libras abordando uma série de temas voltados à Cidadania do Surdo.

Além de Oficinas Abertas e presencias que são realizadas em diversos estados brasileiros, entre eles RS,SC, PR, SP, RJ, MG e PE, o Projeto Surdo Cidadão acontece também em meio virtual, utilizando a tecnologia da Educação à Distância. Para tanto abre turmas para surdos e ouvintes indistintamente. No presente programa o foco principal é o desenvolvimento de novas lideranças surdas.

Assim, para essas novas turmas de EAD, que tem vagas limitadas, está sendo apresentado um conjunto de vídeos abordando temas específicos dentro das seguintes áreas: Cidadania, Convívio Social, Saúde e Mercado de Trabalho. Após ter assistindo o conjunto de vídeos disponível e dentro do período de tempo estabelecido pela Plataforma EAD, o participante recebe inclusive um certificado. O Projeto Surdo Cidadão é patrocinado pela Petrobras e todas as suas atividades são de participação gratuita para a comunidade de interesse dos surdos.

Todo esse conteúdo está disponível gratuitamente no portal do ICS – www.consultorsocial.org.br – bastando preencher os dados cadastrais de inscrição e clicar no link do menu principal SURDO CIDADÃO EAD.

O ICS

O Instituto Consultor Social (ICS) é uma OSCIP – organização da sociedade civil de interesse público. Além de projetos de educação e inclusão social, desenvolve atividades e programas nas áreas socioambiental em todo o Brasil.

retirado do site: http://www.consultorsocial.com.br/portal/br/noticias/204-aberto-programa-ead-surdo-cidadao-com-patrocinio-da-petrobras.html

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Os cursos de educação a distância e o uso de novos mecanismos conhecidos como tecnologias assistivas podem facilitar o acesso ao conhecimento para deficientes físicos. Muitas vezes, problemas de mobilidade, professores e materiais não adaptados, além de instituições mal preparadas para atender pessoas com deficiência, acabam afastando parte da população da educação formal.
Um indício dessa dificuldade - sobretudo nos cursos universitários - é mostrado pelo resultado do Censo do Ensino Superior, realizado pelo Ministério da Educação. Em 2009, apesar de estimativas mostrarem que 14,5% da população possuía algum tipo de deficiência, o número de estudantes com deficiência representavam apenas 0,34% dos matriculados no ensino superior.
De acordo com a doutora e consultora em Processos de Gestão da Educação a Distância e responsável pelo Grupo de Trabalho de Educação Especial da Associação Brasileira de Ensino a Distância (Abed), Flávia Amaral Rezende, o ensino a distância pode ser especialmente benéfico para alunos que possuam dificuldade de mobilidade.
Segundo ela, outras tecnologias assistivas como o aumento de tela, contraste, softwares que realizam a leitura de textos e outros que possibilitam legendar as falas do professor também auxiliam portadores de deficiência visual e auditiva. O computador facilitaria também a interação para os mudos, que poderiam se comunicar a distância por meio da internet.
Flávia alerta, no entanto, que para ser efetiva a tecnologia não pode substituir o professor e precisa ser usada considerando a particularidade de cada estudante. “A tecnologia quando bem usada consegue auxiliar a pessoa, mas este é apenas um aspecto. A outra parte diz respeito aos tipos de objetos de aprendizagem que eu coloco nesses ambientes para que a pessoa com deficiência consiga acessar”.
A consultora destaca que a atenção a três pontos são essências para o sucesso deste tipo de ensino: reconhecer quem é o aluno, considerar o ponto de partida dele, suas potencialidades e objetivos e oferecer acompanhamento e suporte pedagógico constante, além de ferramentas efetivas de interação.
“A gente tem que cuidar para que essas atividades sejam compatíveis com o estágio de cada um e fazer com que esses alunos interajam com esses objetos e com os outros alunos, a própria aprendizagem necessita dessa interação".
Segundo ela, apenas oferecer a tecnologia não significa realizar inclusão. "Não adianta apenas dar as ferramentas e dizer que se está realizando a inclusão. É necessário o professor orientando, pois estes estudantes possuem lacunas fortes na educação e precisam desse suporte”.
Endi Fagundes de Oliveira Lopes, aluna do curso semipresencial de Pedagogia da Faculdade Fael, foi uma das beneficiadas pelas novas tecnologias. Com baixa visão, Endi usa recursos do computador como as ferramentas para ampliar o texto e também softwares que realizam a leitura de artigos e textos.
Ela também recebe da faculdade provas ampliadas e conta com o auxílio de um tutor para realizar a leitura caso tenha dificuldade ou o material adaptado não esteja disponível.
Ela reclama apenas de espaços da internet que utilizam imagens ou tecnologias que não permitem a leitura por voz ou ampliação. “É preciso uma preocupação com acessibilidade com a questão do material de pesquisa também.  É importante verificar essa questão antes”, reclama. No entanto, ela recomenda às outras pessoas com deficiência que não desistam e continuem estudando. “Tem suas dificuldades, mas já está bem mais fácil com a tecnologia, o importante é não desistir e ir em frente.”

Proposta prevê ensino a distância para aluno deficiente

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 508/11, do Senado, que assegura o acesso escolar ao aluno cuja deficiência o impede de frequentar estabelecimentos de ensino. A proposta prevê atendimento educacional em local especial, recursos pedagógicos de educação a distância e outros que se utilizem da internet.
O autor, ex-senador Augusto Botelho (RR), ressalta que a deficiência pode impedir que o estudante se desloque para as escolas especiais, o que cercearia seu acesso à educação.
Lei atual
O projeto altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei 9.394/96). A lei estabelece que o dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante diversas garantias, entre elas o atendimento educacional especializado gratuito aos alunos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino.
A lei também obriga os sistemas de ensino a assegurar aos alunos com necessidades especiais, entre outros pontos:
- currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades;
- professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.